sábado, 14 de julho de 2012

Os nambiquaras e a cultura da higiene

Os nambiquaras somam um grupo bem expressivo de aproximadamente 1500 integrantes que habitam suas reservas no Mato Grosso e em Rondônia. São muito respeitados pelos estudiosos já que têm uma cultura que os diferencia dos demais grupos indígenas do país.
Antes de se tornarem alvo das invasões de garimpeiros em seus territórios na década de sessenta ou serem acometidos por grupos de seminaristas que buscam convencê-los a não mais dançarem para o sol e para a lua e terem somente uma visão religiosa totalmente distante de suas referências, tornaram-se famosos por meio de uma imagem cinematográfica de Marechal Rondon vestindo-os.
Uma característica muito marcante dos nambiquaras é o intenso convívio com seus animais de estimação. Embora comam carne de caça, é comum que filhotes de espécies variadas sejam adotados e tratados com carinho em meio à criançada da aldeia. Caso tenham de migrar de uma região para outra à busca de melhores condições para extração de alimentos, levam a bicharada com suas tralhas.
Não só os nambiquaras têm essa relação com seus animais no país, mas também inúmeros grupos indígenas brasileiros, além de toda a população de não-índios que reside as cidades tupiniquins.
É impressionante ver o mercado milionário que envolve o setor do pet-shop no país. Encontram-se, nas lojas desse setor, serviços de banho e tosa, venda de rações ou de adereços que enchem a rotina de cães, gatos, peixes, pássaros e outros de atividades voltadas para o espaço que ocupam em casas e apartamentos de seus donos.
Não há como negar que um animal de estimação mude a vida de uma criança para melhor. Existem inúmeras razões para que um pai ou uma mãe abra um espaço no lar para que uma criança passe a ter um convívio com um pet, seja terrestre ou aquático. Uma delas é a responsabilidade de alimentar o bichinho e, como prêmio, ganhar carinho do animal. Outra coisa importante e aprender ter responsabilidade de limpar o quintal, mesmo que o bicho vá sujá-lo em seguida. Afinal, ninguém gosta de usar banheiro sujo. Nem o cachorro!
O que os pais não podem fazer é ensinar a criança a levar o bicho de estimação fazer sujeira na calçada do vizinho, pois, assim, a rua viraria um banheiro canino a céu aberto.
Aliás, vemos, hoje em dia, muitos adultos que se julgam mais civilizados do que os nambiquaras fazendo esse tipo de coisa.
Desse modo, não dá para pensar em civilização sem a cultura da higiene presente.
Se herdamos de nossos ancestrais a necessidade de um bicho de estimação, é importante que o tenhamos nas melhores condições possíveis.
(Fabius)                                                                                                       
                                                                                                                               




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